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UPDATED April 29, 2010

BY The TDA Team

IN Tour d'Afrique

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O Dia Mais Longo do Tour

Às  5:00 da manhã estava escuro e frio, e chovia forte sobre as mais de 70 barracas espalhadas pelo terreno arenoso. À medida  que os ciclistas lentamente surgiam de seus lares de nylon, a escuridão foi sendo enfeitada pelo brilho das lanternas de cabeça, como vaga-lumes na mata. O dia seria o mais longo de todo o Tour, 207 kms pela Botsuana até a cidade fronteiriça de Buentempos, já na Namíbia. A etapa de hoje foi a 80ª das 94 do tour, e apesar de ser a mais longa, historicamente não seria das mais difíceis, mas as condições climáticas pela manhã estavam prestes a mudar isso.

A cozinha estava alagada, apesar da tentativa de Gerts de cavar um dreno em seu redor para escorrer a água. Todos tiveram que entrar na lama para tomar seu café da manhã (pequeno almoço). Foram feitas algumas tentativas para tentar tornar a situação mais leve,  mas ninguém estava com humor para brincadeiras.  Duzentos e sete quilômetros em uma tempestade gelada não era motivo para risadas. Finalmente amanheceu, e  o céu negro ficou cinza com nuvens de chuva. A forte chuva    cedera lugar a um constante chuvisco. Mesmo após o fim do café (pequeno almoço), os ciclistas   ainda estava agrupados em volta dos caminhões, sob a tenda, adiando o inevitável. Um a um, foram pegando suas bicicletas e dando início ao longo dia de pedal.

Por sorte, por volta do almoço a chuva já havia parado e o humor dos ciclistas já estava melhorando à medida em que se secavam. No início da tarde já havia sol e o vento era favorável, nas costas dos ciclistas. Todos que chegaram na parada de refresco que organizamos no km 150 parecia estar bem. Alguns dos ciclistas que lideram a prova nem mesmo pararam, apenas acenaram e seguiram para o acampamento (os mais velozes chegaram ao acampamento a 1 da tarde, enquanto o último não alcançou a fronteira antes das 6 e meia da noite).

Por falta de sorte, apesar de estar ensolarado na parada de refresco, o tempo bom não duraria muito. No km 160 começou a chover novamente. A chuva ficou mais forte e começou a chover granizo. As condições tornaram-se péssimas, mas surpreendentemente, ninguém desistiu. Todos os participantes que começaram o dia de pedal, terminaram. Parece que quanto piores as condições, mais determinados eles ficam. Quando eu os ultrapassava no caminho entre a parada de refresco e o acampamento, eu parava para verificar se alguém queria uma carona. Sorrindo e rindo de quão ridículas eram as condições climáticas, cada um deles recusou a carona e seguiu. Cheguei ao acampamento e encontrei uma lagoa de lama. Estava tudo molhado e, mais uma vez, havia uma pequena enxurrada passando por nossa cozinha. Mas a comida estava pronta (macarrão com filé) e o humor estava ótimo.

Pouco antes do jantar, saí para verificar como estavam os dois últimos ciclistas que ainda não haviam chegado. Já estava quase anoitecendo, e a chuva não havia dado trégua desde a última vez que os vira, duas horas antes. Encontrei-os a 10 km do acampamento, e eles pedalaram até a fronteira e depois até o acampamento, chegando no exato momento em que os últimos raios de sol desapareciam no horizonte. Assim, completamos o mais longo dia do Tour d'Afrique.

Postada em 29 de abril de 2010 por Paul McManus
Tradução livre.
 

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