UPDATED May 1, 2010

BY The TDA Team

IN Tour d'Afrique

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QUILÔMETRO PELADO

De cabeça, consigo pensar em vários lugares onde me sentiria bem, nua: o chuveiro, o quarto, a sauna, um lago. Mas, pelada pedalando uma bicicleta numa estrada de cascalho no sol do deserto da Namíbia não me vem logo à cabeça. Não vem logo.

A estrada para Sesriem, na Namíbia, nos presenteou com paisagens épicas: um amplo céu de anil borrado por nuvens de algodão, paisagens douradas cor de mel e trigo, e montanhas sombreadas em chocolate escuro. Estava aproveitando minha pedalada lá atrás, “varrendo” o grupo, sozinha com meus pensamentos e quilômetros infinitos de céu e areia. De repente, algo me chamou a atenção; de longe eu podia ver duas figuras vindo em minha direção. Nessa altura do Tour, já consigo identificar as pessoas, normalmente, pelas pedaladas e camisas, bem antes que detalhes de seus rostos tornem-se distinguíveis. Nesse momento, algo estava errado. Era como se os dois estivessem vestindo roupas bem apertadas, cor da pele.

Quando se aproximaram, pude ver que não vestiam muito além que suas marcas de bronzeado, capacetes, e sorrisos travessos. Eu havia ouvido uns boatos sobre o retorno do Quilômetro Pelado, famosa em Tours passados, e de repente me ocorreu (no momento em que vi o primeiro mamilo), que o Quilômetro Pelado estava acontecendo!

Você pode se perguntar: Por quê? E por que não? É a melhor resposta! Cumprimentei as garotas nudistas com uma risada, e atendi a seus pedidos de fotografar sua aventura. Fiquei feliz ao ver Andra, uma de minhas parceiras de crime, na parada de comida. Havíamos acabado de desencontrar com Dave A., Adam, Hilde e mais um bocado de ciclistas com a bunda pelada, e pensamos em tirar a roupa para uma pedaladinha nossa (após uns sanduíches). Pepper* se juntou a nós, e seguimos, os três, estrada afora, para nos despirmos com privacidade (ainda estávamos tímidos).

Poucos momentos após tirarmos nossas blusas, Henry Gold roncou a Máquina Verde (um de nossos veículos de apoio) em nossa direção. Pegas em flagrantes, aproveitamos a oportunidade e prontamente fizemos bundinha (bunda lelê) para o fundador do Tour d’Afrique. O gelo quebrado pelo bunda lelê, montamos nas bicicletas, em um misto de alegria e bom humor. Estava pedalando a bicicleta de Chris, nosso mecânico que estava de férias (desculpe-me Chris), e rapidamente tive um pneu furado. Estávamos aproveitando tanto nossa recém descoberta liberdade, que decidimos fazer a Troca de Pneus Pelada. Então, lá estávamos, peitos e tudo mais pelados em uma tira de asfalto quente no deserto, agachados sobre as rodas aro 29, bunda para o vento, aprendendo a estar nus. Realmente, não era exatamente um “bom nu”, mas não havia ninguém por perto. Até que, o grupo de ônibus de turismo começou a passar. No começo, corremos para o matagal na beira da estrada, cobrindo nossas partes com os capacetes. Isso logo virou passado, e nos entregamos ao nosso destino, acenando orgulhosos para os bandos de surpresos turistas e suas câmeras.

Essa troca de pneus (mais rápida e cheia de técnicas que qualquer um de nós já havia feito), pedalamos nossa milha (1,6 km) e continuamos por quase uma hora. Quem diria que pedalar assim poderia ser tão sensacional? Poderíamos ter pedalado assim o dia todo, se não fosse a enorme quantidade de protetor solar necessários para proteger nossas partes.  Posso agora, seguramente, acrescentar “andar de bicicleta” para minha lista de nudismo confortável. Em uma das primeiras posições.

*Nomes foram alterados para proteger a nudez. Para alguns, o que acontece no TdA, fica no TdA!

Postado em 10 de maio de 2010, por Alisson Barnes. Tradução livre

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